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domingo, 5 de outubro de 2008

Em plena meia noite ele se encontrava ali sozinho naquela chuva impiedosa que estava ali para lavar qualquer pecado já antes cometido, sentado na beira da calçada vendo a rua vazia e os carros que raramente ali passavam, eis que surge uma mulher que lhe oferece ajuda e ele simplesmente a ignora, a tal dama vestindo seu vestido dos anos 70 com um enorme chapeu preto e seu guarda- chuva segue seu caminho sem sequer olhar pra tras, o homem ali sentado sentindo as pequenas gotículas de agua lhe caindo sobre a face resolve levantar-se e procurar seu caminho, ele olha a tal chuva e e pensa, pensa e pensa..... a unica coisa que lhe restou eram seus pensamentos, aqueles mesmos que um dia lhe fizeram feliz e que hoje são a unica coisa que lhe restam, ele continua ali seguindo seu caminho tomando aquela forte chuva e não encontra uma alma sequer. Eram 00:47 e o homem estava embaixo de um toldo vermelho de um armazém, ele só via os raios, a chuva e o céu roxo. O homem simplesmente ficava ali pensando e não fazia nada alem disso. Aquela chuva parecia infinita pois não acabava nunca, não faria a menor diferença pois já estava completamente molhado, molhado com a aguá que lhe caia sobre a face e com a melancolia que sentia a cada amanhacer, sem mais nem menos ele se levanta e ali volta a caminhar numa estrada sem fim, até que chega a uma ponte e começa a observar a cidade de lá de cima, a vista da chuva caindo, a estrada completamente vazia e as luzes de longe iluminando a cidade, com toda calma do mundo ele sobe ao pé da ponte e começa a olhar a cidade, ele gira em torno de si mesmo para poder observar todos os angulos, quando termina de olhar tudo ele abre seus braços fecha seus olhos e se joga ao chão a uma altura de 21 metros. Instantes depois paramédicos, repórters e várias pessoas curiosas estavam ali vendo o corpo do homem estendido ao chão, todo ensanguentado e com o pescoço quebrado e foi exatamente ali naquele instante que o homem foi notado, foi exatamente naquele instante que alguem se importou com ele, foi exatamente depois de morto que alguem resolveu se importar, e ali aquele homem tirava sua dúvida, era ali que ele tinha a certeza, de que aquele mundo em que vivia jamais se importaria, jamais notaria e nunca perceberia